A beleza de ver o Rio por outro ângulo

A Cidade Maravilhosa faz jus ao nome até de longe. É o que vem à cabeça quando se olha para a vista de dentro do barco, enquanto ele se afasta da Marina da Glória. Depois de um passeio pela Baía de Guanabara, costeando a orla do Rio e de Niterói, é a vez do mar aberto e das melhores vistas: o mar é o único lugar de onde é possível ver o Pão e Açúcar e o Cristo Redentor na mesma imagem.

 

O barco segue até a Praia de Copacabana e volta até a Praia Vermelha, onde há uma parada para mergulho. Durante a parada, é servido um lanche, e bebidas ficam disponíveis durante todo o percurso em um cooler. As três horas de viagem passam rapidamente ao som de uma playlist animada. O barco de casco insubmergível tem capacidade para 24 pessoas, além dos dois tripulantes,e em toda viagem há uma inspeção da Marinha Brasileira conferindo coletes salva-vidas.

Quinta da Boa Vista

Localizado no bairro de São Cristóvão, a Quinta da Boa Vista recebe amantes do esporte para correr e pedalar, mas o espaço também abriga o Museu Nacional, o Zoológico e o Restaurante da Quinta, que carregam a história do Brasil desde a chegada da corte portuguesa no país em 1808, em suas construções. O Museu Nacional é a maior instituição de história natural e antropológica da América Latina e a mais antiga instituição científica do Brasil; mas antes serviu de residência para a família real portuguesa até 1822 e, posteriormente, para a família imperial até 1889. A aula de história não acaba por aí! A entrada principal do Jardim Zoológico conta com um portão oferecido pelo Duque Northumberland da Inglaterra, em 1816, como presente de casamento ao imperador D. Pedro I e à futura imperatriz, Maria Leopoldina da Áustria.


RIOZOO
Passando pelo portão monumental, uma área de 138 mil m² acomoda a Fundação Jardim Zoológico da Cidade do Rio de Janeiro (RIOZOO). O zoológico é o mais antigo do Brasil. Ao todo, são 400 espécies, entre répteis, mamíferos, aves, peixes e anfíbios; e muitas delas raras ou em extinção. A ararajuba, o macaco-prego-de-peito-amarelo e o urubu-rei são alguns exemplos.

MUSEU NACIONAL
O Palácio da Quinta da Boa Vista, que servia como lar para a monarquia brasileira antes da República ser adotada no Brasil, hoje abriga o maior acervo museológico da América Latina. A construção, localizada no meio da Quinta da Boa Vista, já é sede do Museu Nacional de História Natural há 196 anos. Foi tempo suficiente para acumular peças nas áreas de paleontologia, arqueologia e botânica, entre outras. Nos dois andares abertos ao público, a história da vida é contada desde a era dos dinossauros.
Fósseis, múmias e objetos do cotidiano recuperados em diversas partes do mundo dão vida ao conteúdo aprendido nos livros escolares. Em salas vizinhas, arte indígena da América do Sul e vasos do Mediterrâneo feitos na Antiguidade recebem tanta importância quanto sarcófagos egípcios que foram dados de presentes a Dom Pedro I. Porém, há mais do que História no museu: a seção de biologia impressiona pela quantidade de animais empalhados e estátuas gigantes no meio dos corredores.

RESTAURANTE DA QUINTA
Quem almoça na Quinta da Boa Vista desfruta não só de uma refeição completa, mas também de uma experiência única. Ao entrar, os clientes já são recebidos por garçons com roupas típicas da época colonial, que compõem o uniforme da equipe. O ambiente é planejado para dar a impressão de que não passou muito tempo desde os anos em que a construção funcionava como a capela da família real. O restaurante foi fundado em 1954 e completamente reformado com a mudança de gerência em 1991, mas as pinturas francesas antigas continuam nas paredes, dividindo espaço com garrafas de licor e whisky.
Uma das tradições do Quinta é o menu de cada dia: um prato de coelho é servido às segundas-feiras, rabada às terças, cozido às quartas, caldeirada às quintas, feijoada às sextas e, aos sábados, a semana é encerrada em estilo com cabrito no vinho branco com batata, cenoura e arroz de forno. Porém, o bacalhau (prato mais famoso da casa) pode ser apreciado em qualquer dia. Se você gosta de exclusividade e calmaria, uma boa dica para é ir em dias de chuva. O movimento cai porque menos pessoas visitam o parque, e o ar-condicionado do restaurante mantém a temperatura agradável. Além disso, um carrinho elétrico – do tipo que se usa em campos de golf – leva os clientes do estacionamento designado ao restaurante (um dos quatro estacionamentos na Quinta) à porta do salão.

O Nordeste é aqui! Feira de São Cristóvão

 
No Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, a Feira de São Cristóvão, que completa 69 anos este ano, oferece tudo que há de melhor na cultura do Nordeste do país. Andando pelos 306 mil m² do pavilhão, você encontra artigos típicos da região como alimentos, condimentos, artesanatos, artigos em couro, cachaças e muito mais. A diversão fica completa com a programação de shows que acontecem simultaneamente nos palcos e praças da feira.

Tudo começou com barracas do lado de fora do pavilhão - inicialmente construído para outros fins -, quando conterrâneos vendiam produtos trazidos diretamente do Ceará, Pernambuco, Maranhão, Bahia e Rio Grande do Norte. Há 12 anos a feira foi para dentro e, hoje, conta com 700 barracas e 300 mil visitantes por mês. Os sabores nordestinos são destaque com pratos como o Baião de Dois, Carne de Sol com Aipim e Buchada de Bode; opções mais que certas nos cardápios dos diversos restaurantes. Para lanches rápidos, tapioca, pamonha, cocada e queijo coalho são algumas das alternativas.
 
Cada parte da feira conta um pouco desta cultura cheia de costumes e tradições. Os palcos principais levam o nome de dois músicos significativos, Jackson do Pandeiro e o João do Vale. Na programação, forró pé de serra, xote, baião e xaxado embalam as noites de quarta a domingo. As praças Frei Damião e Padre Cícero, outras grandes figuras do Nordeste, também recebem apresentações de ritmos do forró. Na Praça do Repentista, onde pode se ver imagens que remetem às xilogravuras - desenhos talhados na madeira - da literatura de cordel, repentistas e emboladores improvisam versos.

Com os pés no chão e a cabeça nas estrelas

 

Você conhece a origem do termo “nós” na navegação? Sabe a diferença entre uma luneta meridiana e equatorial? Essas respostas e muitas outras podem ser encontradas no Museu de Astronomia e Ciências Afins. O terreno de 44 mil metros quadrados em São Cristóvão onde fica o Observatório Nacional também é sede do Mast. O museu foi criado, inclusive, para absorver peças do Observatório que seriam descartadas, em 1985.

Além da reserva técnica formada pelas peças, há exposições planejadas principalmente para crianças. No andar térreo, a exposição “Olhar o Céu, Medir a Terra” reúne objetos originais e réplicas para mostrar ao público um pouco de Geografia, História e todas as outras “ciências afins” que estão no nome do museu. Já no subsolo, o foco passa para a astronomia. Miniaturas interativas da Terra e da Lua mostram ao visitante tudo que ele aprendeu na sala de aula (ou deveria): fases da Lua, a inclinação do eixo da Terra, constelações e galáxias.

Mas o museu não se resume ao edifício-sede. No campus do Mast, é possível ver o segundo maior meteorito que já caiu no Brasil (emprestado pelo Museu Nacional) e os pavilhões das lunetas já usadas por astrônomos do Observatório, que hoje abrigam mini-exposições. Em todos os sábados e na primeira quarta-feira de cada mês, o público pode observar astros com a luneta centenária do museu – quando o tempo coopera e o céu está limpo.

O vizinho da Feira de São Cristóvão merece uma tarde inteira do seu calendário para ser visitado do começo ao fim. Há visitas guiadas pelas exposições todo sábado às 15 e 17 horase. Vale lembrar que a entrada é gratuita.

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Escadaria Selarón para o Convento de Santa TeresaEscada de acesso ao Convento de Santa Teresa com 215 degraus recobertos de mosaicos de cerâmica nas cores verde, amarelo e azul, uma homenagem do artista plástico Selarón ao povo brasileiro.


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